Solstício Móbil de Verão

Começa mergulhando o pincel em luz clara.
Em seguida, num sincopado céu azul-Dufy
Com mastros inclinados de saveiros brancos,
Gaivotas numa fuga de asas emplumadas.  Superar 

Seurat: flancos de escuna com sol e ocasos,
Um trémolo de turquesa vibrando numa
Onda tesselada. Agora, deixa agilmente que
Um falso dedilhado em barbatana de peixe 

Seja arrancado das cavernas de âmbar malhado, onde
Uma odalisca sereia à vontade repousa
Com conchas laranja emaranhadas no cabelo molhado,
Fresco da paleta suave de Matisse: 

Suspende o dia, tão singularmente desenhado,
Como um raro Calder móbil em tua mente.




The Collected Poems | Sylvia Plath
© 1981 The Estate of Sylvia Plath 
Editorial material © 1981 Ted Hughes
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

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