A Menina Drake vai cear
Nenhum principiante
Nesses rituais elaborados
Que a malícia
Da mesa atada e a cadeira torta,
A nova mulher na enfermaria
Veste roxo, pisa com cuidado
Entre as suas secretas misturas de cascas de ovo
E colibris quebráveis,
Pé pálido como um rato
Entre as rosas-repolho
Que abrem lentamente as suas peludas pétalas
Para devorá-la e arrastá-la para baixo
No desenho do tapete.
Com o olho rápido de um pássaro estrábico
Pode ver na hora certa
Como as perigosas agulhas granularam as tábuas do soalho
E enganar o seu plano espinhoso;
Agora através do seu ar emboscado,
Embaciado com cacos brilhantes
De vidro quebrado,
Adorna-se com respiração cautelosa,
Rangendo dentes e dentes,
Até que, virando-se de lado,
Levanta uma após outra a palma dos pés
Na calma atmosfera opressiva
Da sala de jantar dos pacientes.
The Collected Poems | Sylvia Plath
© 1981 The Estate of Sylvia Plath
Editorial material © 1981 Ted Hughes
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa
Nesses rituais elaborados
Que a malícia
Da mesa atada e a cadeira torta,
A nova mulher na enfermaria
Veste roxo, pisa com cuidado
Entre as suas secretas misturas de cascas de ovo
E colibris quebráveis,
Pé pálido como um rato
Entre as rosas-repolho
Que abrem lentamente as suas peludas pétalas
Para devorá-la e arrastá-la para baixo
No desenho do tapete.
Com o olho rápido de um pássaro estrábico
Pode ver na hora certa
Como as perigosas agulhas granularam as tábuas do soalho
E enganar o seu plano espinhoso;
Agora através do seu ar emboscado,
Embaciado com cacos brilhantes
De vidro quebrado,
Adorna-se com respiração cautelosa,
Rangendo dentes e dentes,
Até que, virando-se de lado,
Levanta uma após outra a palma dos pés
Na calma atmosfera opressiva
Da sala de jantar dos pacientes.
The Collected Poems | Sylvia Plath
© 1981 The Estate of Sylvia Plath
Editorial material © 1981 Ted Hughes
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa