Balões
Desde o Natal têm vivido conosco,
Inocentes e claros,
Animais de alma oval,
Ocupando metade do espaço,
Movendo-se e roçando na seda
Desvios de ar invisíveis,
Dando um guincho e estalo
Quando atacados, logo fugindo para descansar, tremendo do estouro.
Cabeças amarelas, peixes azuis
Essas luas estranhas com as quais vivemos
Em vez de morto mobiliário!
Esteiras de palha, paredes brancas
E essas viagens
Globos de ar rarefeito, vermelho, verde,
Deleitado
O coração gosta de desejos ou da livre
Benção de pavões
Terreno antigo com uma pena
Batida em metais estrelados.
O seu pequeno
Irmão está a fazer
o seu balão guinchar como um gato.
Parecendo ver
Um cómico mundo rosa que pode comer do outro lado de si,
Ele morde-o,
Depois senta-se de
Costas, um jarro de gordura
Contemplando um mundo claro como água.
Um vermelho
Farrapo em seu pequeno punho.
The Collected Poems | Sylvia Plath
© 1981 The Estate of Sylvia Plath
Editorial material © 1981 Ted Hughes
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa