Anos

Entram como animais do exterior 
Espaço de azevinho onde espinhos
Não não são pensamentos fixos, como um Yogue,
Mas como verdura, escuridão tão pura
Congelam e existem. 

Ó Deus, não sou como tu
Em teu negro vazio,
Estrelas presas em todo lado, confetes brilhantes e estúpidos.
A eternidade aborrece-me,
Nunca a desejei. 

O que amo é
O pistão em movimento
A minha alma morre antes disso.
E os cascos dos cavalos,
A sua agitação implacável. 

E tu, grande Inércia de sangue
O que existe de bom nisso!
É um tigre este ano, esse rugido na porta?
É um Christus,
O horrível 

Pedaço de Deus nele presente
Morrendo por voar e acabar com isso?
As bagas de sangue são elas mesmas, são bastante calmas.
Não as terão os cascos,
Na distância azul, silvam os pistões.




The Collected Poems | Sylvia Plath
© 1981 The Estate of Sylvia Plath 
Editorial material © 1981 Ted Hughes
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

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