As Danças Nocturnas

Um sorriso caiu na relva.
Irreparável! 

E como se perderão as suas danças
nocturnas. Em matemática? 

Saltos e espirais tão puros ...
Certamente viajam 

O mundo para sempre, não irei inteiramente
Sentir-me vazia de belezas, o presente 

De seu pequeno suspiro, a relva molhada
Cheiro do seu sono, lírios, lírios. 

A sua carne não tolera relação.
Dobras frias de ego, o calla, 

E o tigre, embelezando-se
Lugares e pétalas quentes. 

Os cometas
Têm um espaço vasto para atravessar, 

Quanta frieza, esquecimento.
Então, os seus gestos desfazem-se - 

Quentes e humanos, então a sua luz rosa
Sangra e descama 

Através das amnésias negras do céu.
Por que ofereço 

Essas lâmpadas, esses planetas
Caindo como bençãos, como flocos 

Hexagonais, brancos
Em meus olhos, meus lábios, meu cabelo  

Tocando e derretendo.
Lugar algum.




The Collected Poems | Sylvia Plath
© 1981 The Estate of Sylvia Plath 
Editorial material © 1981 Ted Hughes
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa  

 

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