Coruja

Os relógios marcavam doze horas. A rua principal mostrava o oposto

Do seu subúrbio de floresta: o nimbo -

Iluminado, mas despovoado, mantinha as suas janelas

De doces de boda,


Anéis de diamante, rosas em vasos, peles de raposa,

Ruddy nos manequins de cera

Num quadro envidraçado de riqueza.

De porões profundos 


O que moveu a pálida coruja raptonal

Ali, a gritar acima do nível

Dos postes de luz e fios, de parede a parede,

A asas abertas no controle


De correntes marítimas, a barriga

De penas densas, terrivelmente macias para

Atacar? Dentes de ratos destroem a cidade

Abalada pelo grito da coruja.





The Collected Poems | Sylvia Plath

© 1981 The Estate of Sylvia Plath 

Editorial material © 1981 Ted Hughes

Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

Mais poesia...

Carta de Amor

A Senhora Lázaro

Os Doentes Sociáveis

Solstício Móbil de Verão